quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

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Era uma vez um príncipe de piercing. Não, ele não era loiro de olhos azuis, era moreno com olhos castanhos comuns, o comum mais incomum de todos. E tinha ela, a princesa fiona de havaianas, uma diva por debaixo de seus óculos. Era uma romântica incurável e incalculável! E ele (ah, como lindo!) havia resgatado-a do seu dilúvio emocional. Ela se perdia e se encontrava todos os dias naquelas costas (Meu Deus, alguém podia explicar que paraíso era ele?!). Todos diziam que eles não combinavam em nada. O mais é tudo! E quem lá se importava com isso? Beijos intermináveis, eu quero o delírio! Quando se achavam, abraçavam... eles eram infinitamente solúveis (e o mundo parava pro amor). Talvez ele nem soubesse que ela adorava aquela nuca. Era um desenho grosseiro encantador. Feito a mão, tudo combinava perfeitamente. Um cheiro inconfundível...
E entre canções de Steve Wonder (she is lovely) e taças de vinho, ela se apaixonou por inteiro (seus sentidos mastigam meu corpo e juízo). Me entrego. Te entrego. Te dou os pontos (leva tudo). Abro mão de mim mesma. Teu nome em mim faz verbo. É só mistério...
Havia eles. O imperfeito. E todo o resto;

domingo, 27 de janeiro de 2008

Bom dia!

É melhor andar de olhos fechados agora. Não posso olhar pra lugar algum. Porquê não tem sido prazeroso te procurar em cada rosto por ai. Não que o meu pensamento ainda esteja preso. Ele anda colado com a liberdade. Ha varias fotos desses momentos. Eles parecem felizes juntos. Assim como nós eramos. Ou pareciamos ser. Estou escrevendo na capa do meu diário nesse momento. Por cima dos corações que eu fazia enquanto falava com você ao telefone. É preciso aproveitar os pequenos espaços. Preencher os vazios. Eu não me importo em escrever pensamentos. Porque as historias eu guardo por aqui. Estão todas coladas por entre as paredes do quarto. Eu não quero me esquecer. As vezes eu me sinto presa com a tristeza. E ela ainda deixa a luz acesa! Meu pensamento ultrapassa a janela, vai longe, distante. Onde eu possa até perder de vista. Não porque eu queira. Pra mim todos os momentos até agora poderiam ser momentos não solitarios. Mas até os momentos contagiantes parecem não me tocar. Mas isso passa, eu sei que passa. O amor sempre passa. Passa desapercebido, com ar de quem nunca se importou. As vezes, até desconhecido. E é melhor que seja assim. Um esquecimento duradouro. Não contado no relogio, pois o tempo foi perdido nas piscadelas. Então o meu pensamento volta. Com as asas emprestadas da liberdade sua amiga, e nós saimos pra nos distrair. Então o meu olhar fica preso ali, por alguns instantes. Eu dou a mão ao companheiro, esse que assumiu o seu lugar em pessoa. Em coração. Em mente.
Voltar a sorrir, sol nascer.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

travessão

não sou lá muito boa com números. nem com falas. logo eu que gosto tanto de conversar. mas alguma coisa tirou as palavras da minha boca. e me deixou seca. seca de qualquer tipo de sensação que o impossível possa sentir. nem sei se eu sou uma escritora. faço bem o tipo de escritora doida/culta/perdida, mas eu não uso óculos. até queria usar, mas não combina comigo. e tenho essa mania - que eu ainda não descobri se é boa ou ruim - de escrever em todo canto. me faça feliz. me dê um lápis - eu disse lápis e não lapiseira - e um papel em branco. e eu te escrevo nossa história. mesmo sem saber se ela vai ser editada. ou se vai ter imagens. se tem alguns erros de ortografia (emocional). venero o improvável. mas nem sei se ainda tem tinta na caneta. talvez, no meio do meu conto, ocorre um erro gravíssimo e eu tenha que dar uma pausa. eu to no pause. pensando se continuo ou fico por aqui mesmo. voltar? nunca! eu acho a vida às vezes meio desinteressante. não queria ser assim. não consigo gostar do morno e fingir que tá tudo bem, quando, meu deus, não tá tudo bem muito bom! tá, eu sou dramática, por isso mesmo que eu escrevo. escrevo pra ver se eu consigo me curar de palavras. e se encontro a fórmula nesses meus pensamentos meio desorganizados, e que se encaixam pouco a pouco. é só questão de tempo. tempo pra encontrar de novo a pauta.
mas é mesmo assim. quando a gente menos espera. a gente se supera. e tudo fica bem.
é só questão de tempo ou de cabeça...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Ode ao poeta da letra A

Eu sou poeta. Tenho anceios e não ambições. A minha unica guerra, é a guerra pessoal. Não é preciso armas, apenas harmonia. Eu sou um poeta, sonhador. Vivo de noite pra escrever o dia. E se me dizem que tu eras pouco pra mim, melhor calar-te. É de sapo que se transforma em principe. E a princesa espera. Eu sou poeta. Tenho cede das águas do mar. Pra que chinelos? Sinta a vibração da areia sob seus pés. E quando as estrelas surgirem e começarem a brilhar. Sentarei e escreverei. Dê-me um vinho e farei daquele momento, eterno. Eu sou poeta. Tudo que sei são palavras. Não me pergunte do mundo, dos numeros. Ao menos sei minha idade. Eu sou poeta. Se estou triste, és tamanha tristeza, profunda. Se estou alegre, contesto-me por tanta alegria, pouca. Eu sou poeta. Tudo que preciso é de um amor e a liberdade. Preciso dos amigos e a noite toda. De um papel e uma caneta. Eu sou poeta, por isso morro de amor ou sem saber amar.

da letra A = expressão de Nando Reis que exemplifica coisas simples que passam despercebidas.

sábado, 19 de janeiro de 2008

sob a luz da varanda

Quando você chegar, a porta vai estar semi- aberta e a luz da varanda acesa a sua espera. Talvez eu tenho caido no sono. Ja era um pouco tarde e eu não dormia a algum tempo. Então eu despertarei. E o meu coração vai começar a bater. Ele esteve tão parado enquanto eu olhava o relogio que batia por mim. Eu ficarei um pouco aflita. Talvez nervosa. E um pouco de lagrimas você possa ver. Por favor, não me deixe sair correndo. Segure pelo meu braço. Eu não vou insitir. Na verdade eu estive esperando por esse momento desde que decidi caminhar adiante. Mas esteve nevando lá fora. Você trouxe uma tempestade e isso me atrapalhou um pouco. Mas o sol ficou de nascer e eu espero por ele. Então só me diga se você está satisfeito. E eu te servirei um lanche como sempre fiz quando esteve em minha casa. E se você quiser, vá embora. Essa imagem não saiu da minha cabeça mesmo, virou costume. Deixe as botas e leve essa má nuvem para o outro lado. Eu preciso caminhar para chegar lá. Fica a seis horas daqui. Mas eu não tenho pressa. Eu tenho um ano inteiro pela frente. Que as minhas lagrimas congelem!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

- Da licensa, da licensa. Então ta todo mundo pronto? Já posso apagar a luz?
- Calma, deixa eu me jeitar. Ok, tô pronto.
- Beleza, dêem as mãos.
Click.
- Fechem os olhos
- AAAAAAAAAAAAAAAHH!
Acabamos de embarcar numa vida sem volta, num ano sem paz. É agora que temos que mostrar o que fizemos esses tempo todo. É agora a hora de mostrar a todos do que somos capazes. De descobrir com quem podemos contar. Corte o desnecessario. Focalize seu futuro. Não olhe para os lados. Nada de se remoer, de ter saudade. Se é isso que você quer é isso que você vai ter. E boa sorte a todos. Afinal, estamos de mãos dadas no escuro, vai saber com quem contar e o que contar.
Feliz 3° ano! (psicologia que me espere!)

{respirando novos ares!}

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

sub-partes

menina insosa. absolutamente nada. era igual a todas que eram iguais a tudo. ela se cansava fácil. de tudo. de pessoas, de objetos sem graça, de vida sem cor e principalmente de felicidade meia-boca. sentimento fugaz. verbos semi-conjugados.
sentada em beira-mar ela se abstraia com aquelas ondas não turbulentas. pensamentos sem nexo algum. havia inventado uma vida que não há em lugar nenhum. pra ver se alguma coisa é de mintira. ela cansou da realidade ferroz. a gente precisa de sonhos, ilusões pra fingir que vive num faz-de-conta utópico. ah, mas que nada! histórias feitas ou frases de último efeito. era tudo que ela não precisava.
talvez tenha sido o teor de álcool que a tenha deixado naquele êxtase. tanto faz. ali, ela estava feliz. mesmo com todos os melhores problemas do mundo esperando por ela voltar. ela não voltaria. pelo menos não a mesma. mesmo que sendo uma felicidade passageira. ela queria ficar (fica comigo...). a areia nos pés, o cansaço que a esgotava. ela não tinha fim. imensidão a qual não se sabe onde começa, e nem se tem fim ao certo. e o coração estava aberto. aberto e sentia toda aquela brisa viril. inspirava um ar tão diferente que ela ficara até zonza de bobeira.
ela só precisava da compania da sua alma pra se sentir completa. mesmo com o corpo completamente vazio.
e ele ainda a esperava em algum lugar da saudade de nós dois.

sábado, 12 de janeiro de 2008

da humildade do ego

Eu sou poeta. Tenho anceios. E não ambições. O poeta não deseja mais que um amor e um lugar para escrever. O poeta dado como louco vê a vida com palavras. Da sacada de casa, sentado a poltrona vendo o amor passar junto ao vento. Um poeta é composto de sonhos. A única coisa que ele carrega consigo é o medo de não passar isso aos outros. Ele não sabe amar. Ama demasiadamente tudo.

domingo, 6 de janeiro de 2008

Os 4 elementos de tudo

E então eu estive no Paraíso na última semana. Mas, do que vale o paraíso sem o amor? O amor que eu não mais tenho. O amor que me soltou a mão em plena a corda bamba. Então eu me desequilibrei e cai. Quem dera ter caido em meio ao mar! Cai na areia e ali permaneci.
Estive sentada na areia nos ultimos tempos. As lagrimas ali, se misturavam com o sal do mar. E levavam toda minha tristeza pra longe. Eu não pude ali pisar.
Enquanto os meus cabelos seguem o vento, não sei se trazem ou levam pensamentos. Me parece aliviar. Mas de onde vem tanta angustia?
Se eu pudesse voltar no tempo, eu só aceitaria a proposta de passar o resto da noite ao seu lado. A noite que seria a ultima e eu mal sabia. As ultima juras que eu mal percebera, falsas. E o abraço sincero, misto de fim com despedida, amor consentido.
Levo todas as lembranças, coisas não materiais pra um lugar distante, onde eu não possa lembrar você.
Mas até aqui, em outra Ilha o pouco do tudo me faz lembrar muito. Em conversas, a mente distante, lá, tentando entender o porque do egoismo de não dividir sonhos e planos. Então eu me perco e só consigo me encontrar quando estamos no fim, e eu já não quero lembrar.
Em falas desconhecidas de terceiros, pareço ouvir seu nome. E no livro que leio, lá está ele novamente. Que diabo de perseguição! Já não me basta tamanha grossura em chegar a casa da dama e atraca-la com o fim?
Céus! Eu nada movi de mim. Eu nada consigo tirar. A menos seu retrato eu consigo alcançar? Que nada! Ainda tenho esperança de voltar. Na areia eu me perco sentada. No mar as minhas lagrimas levam tristeza. E o vento me tras angustia.Se aqui eu permanecesse por anos. Aqui o meu sentimento ficara. Sentado ao meu lado. Observando o por-do-sol. o Nascer do sol, os amores que por ali passam de mãos dada molhando os pes, com toda minha tristeza, sem fim, com o oceano, imensidão.

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

sonhos da menina, vista aos olhos surreais do menino

A menina prefere a doce ilusão que a mais dura realidade bem vinda. Quando você se foi, pude perceber com convicção que ao longo do tempo havia apenas o passar do tempo. O levar da vida. O deixar-se ser possuido. Até o quanto pode. A menos que você não demonstrasse que fazia planos. Assim como fez por toda sua vida. Engolia os pensamentos com uma unica mastigada. Um pouco de egoísmo em cada pedaço.
Confesso que por diversas vezes eu estive me enganando. Digerido lentamente as suas idéias mal mastigadas. E isso não me trouxe la conhecimento, ou se quer crescimento minimo. Na verdade me corroi. Essa sua realidade escrachada que você insiste em viver. Se você vive de amor, ou se vive por amor. Os planos se movem, as pessoas mudam. Amor é cortina nova em velha sala. Vem como novo ambiente. Novos ares. E você não sente isso.
Eu vejo que você chegou com um pequeno enfeite que deixou na mesa de canto onde a luz não se alcança.
Parece que sei tudo. As vezes parece que você se cansa de perceber que eu adivinho tudo que na verdade você sente. Não o que você pensa. Pois seu pensamento está sempre comigo. Somos grandes companheiros.
No mais, eu percebo que existe um amor não manifestado. Talvez preso. Aturdido. Calado.
Ainda que você pense em seus planos, ainda que você os siga sem sequer pensar em coração, ainda que você me deixe no banco do jardim onde me encontrou, ainda assim aqui existe amor. Manifestado. Demonstrado. Cultivado.
E existe esperança de que um dia além de ver as suas próprias mãos você veja também a minha, querendo se entrelaçar a sua.
Eu sei que não é o certo. Mas prefiro viver o sonho futuro que a realidade escrachada. Eu sou a menina!