quinta-feira, 29 de novembro de 2007

coração em dieta (de você)

Hoje ela falou com ele. Nada. Ela não sentiu nada. Ah, se fosse alguns meses atrás. Coração na boca, emoção exposta nas palavras, peito aberto e a angústia misturada a insegurança na mão. Mas hoje não. Hoje ela foi indiferente. Como ele sempre fora. E conversaram. Como bons amigos. E quem diria, ele virou amigo de longas conversas de telefone lhe pedindo conselhos (in) sensatos. Quanta ironia! É que o meu coração é racional. Às vezes me encanto – e por encanto – me encontro justamente na razão. Mas isso só quando meu coração tá completo. Completo do vazio que você não preencheu. Eu consegui. Me livrei desse sentimento que eu criei. E sabe de uma coisa? Foi um alívio. Fico grata ao meu destino ter te tirado de mim. Sabe você me ocupava muito espaço. Roubava muita vida que eu deixava de viver (me roubava a cena). E hoje, aah, hoje eu to livre. To aberta a qualquer outra sugestão. Me dá o menu. Quero escolher um não-você, por favor! Só assim minha vida vai seguir. Meu conto-de-fadas vai ter um príncipe. Nem me importo se ele for sapo. Não me dou nem ao luxo de saber tua opinião. Descobri que tentar de odiar me deixava (mais) ligada a você. Odiar é uma forma de amar e isso era o que eu menos precisava. Eis que então descobri a fórmula do oposto do amor: a indiferença. E sabe, você me pesava muito. Ahh, me pesava demais...

Desculpe a falta de jeito, é que às vezes (quase sempre) eu perco o jeito com as coisas. Hoje meu mundo é muito maior e não cabe mais em mim.


- é a pipoca da pororoca da imaginação;

terça-feira, 27 de novembro de 2007

Uma vida sem saudade, assim é melhor!

"..Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer. "

Preciso de algo que não venha de mim, agora.
Martha Medeiros a minha nova musa. http://www.pensador.info/autor/Martha_Medeiros/

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Carta pessoal ao dono de sorrisos. Aceite. obrigada;

Não sei ao certo quando tudo se perdeu. E se soubesse, não diria. Assim como me calei no momento mais incerto. Agimos assim em situações inesperadas. Desculpe se fico meio sem jeito as vezes. Ou se sou atrapalhada sempre. E me desculpe o termo mas,

foi lançado ao mar o meu coração

E eu já nem sei em que lugar meu pensamento ficou perdido. Coração em alto mar. Pensamento vagando por ai. Que mais ligado ao emocional vou deixar solto?
Talvez eu perca o sono. Uns dias pensando na vida. Posso vir a sentir raiva. Saudade. Por enquanto, continuo inerte. Tiro apenas o seu retrato do quadro.
Agradeço pelos bons momentos. 6 meses. 180 dias. Metade de 2007. Um ano que não era pra ser tão bom se não fosse por você. Pelas surpresas que você me fazia. Pelo divertimento nos poucos fins de semana. Pelos beijinhos no rosto.
Um dia, lembro que me perguntou, que diabos me chamou a atenção em você?E eu nunca soube te responder. Mas hoje, parando pra pensar de um modo diferente, afirmo: gostava da forma como me abraçava, de como você era carinhoso, de como falava dos problemas, do seu jeitinho de gostar do Nordeste e de quando você falava como baiano vice?
(Aproveito pra dizer, quando você for embora, boa sorte por lá.)
Acabo de revelar um grande segredo meu. Talvez essa seja a maior resposta por ter me feito te amar assim, demasiadamente. E deixo como escrita. Em forma de talento o qual ouvi de você que eu tinha. Um adeus. Um ponto final. Um passo a frente e não estamos mais no mesmo lugar.

sábado, 17 de novembro de 2007

a vida é um doce

Não vejo porque começar com “era uma vez” já que a história que será descrita, não é nenhum conto de fadas. É apenas um conto de um pequeno menino.

Terra do Nada. Esse era o nome do lugar onde só havia três habitantes: Joãozinho e seus pais.
Todo dia Joãozinho perguntava: “pra que se vive afinal?”. Sua mãe achava que o menininho devia de ter algum problema, onde é que já se viu fazer uma pergunta dessas? “vive porque se vive, menino!”. A resposta não o convencia.
Joãozinho passou anos de sua vida sem nenhum amigo. Nenhuma criatura havia visitado aquele lugar. Não estava em nenhum mapa, ou sequer alguém devia saber da existência daquele lugar. Era até um lugarzinho bem simpático, havia uma casinha aos fundos, de janelas azuis com violetas na janela, porta de tranca rústica, uma fumaça devido ao fogão à lenha, um cercado com 2 patos, 3 galinhas e um burro. (a existência do burro era vaga, já que não tinha pra onde se locomover). Havia uma macieira e uma jabuticabeira aos fundos da casa. E ainda tinha um lago depois da floresta, mas Joãozinho nunca foi lá, ele tinha medo de água. Aquele lugar me tinha cheiro de infância.
Joãozinho ficava encantado com as melancias, eram interessantes por natureza. Ele ainda não compreendia como uma coisa tão grande como aquela podia nascer da terra. Ele não gostava da fruta, apenas a achava bonita. Vermelha, sua cor favorita. Ele comia só as sementes, e seu pai lhe dizia que um dia ia nascer uma daquelas imensas na barriga do menino. Imagine só.
Joãozinho ficava horas pensando em todas as cores que existiam. Ele adorava quando chovia, que era só duas vezes por ano, e ele podia ver o arco-íris. Ele acreditava que eram os duendes que faziam aquele prisma de cores. Ele conversava com esquilos, bichinhos um tanto quanto egocêntricos, nunca queriam saber de muita conversa, mas eles comiam nozes e isso pro menino bastava. Ele ainda acreditava que alguém subia todo dia no céu e pintava pontinhos que eram conhecidos pelos adultos como estrelas. A lua era um biscoito que as criancinhas comiam todo mês.
Joãozinho teve um pirulito uma única vez na sua vida. Inesquecível. Seu pai lhe trouxe aquela coisa redonda, colorida e que tinha gosto de açúcar. Ele era fascinado por doces. Gosto tanto que seu pirulito durou um ano inteiro. O menino questionava tudo, achava engraçada a maneira que sua mãe ficava encabulada por fazer perguntas mais indiscretas. “Não me amole com uma pergunta dessas menino. Vá brincar!”. Achava divertido as formigas sempre andarem em bando. Seu mundo era pequeno e cabia inteiro nas suas mãozinhas.
Até que o pequeno menino cresceu e deixou de acreditar em seres imaginários. Havia se esquecido da melhor parte de sua vida: a infância.

Qual foi a última fez que você deixou sua criança sonhar?

terça-feira, 13 de novembro de 2007

a falta que você (não) me faz

Perdi o juizo. Devo confessar que foi em alguma esquina em que parei pra pensar. E acabei executando o verbo com maior enfase que o normal. Tenho andado por ai um pouco insatisfeita com os meus proprios trames. Estou dizendo. Você é um metro e sessenta e cinco centimetros de completude total. O seu cheiro seria o cheiro ideal pra sentir enquanto se assiste a sessão da tarde num dia tedioso em que você trabalha. Mas eu não sinto, não por falta de tempo. Nem por escasses de oportunidade. Eu só não sinto. Por vezes me peguei tentando pensar em você, pensar algo bom que me faça sentir saudade, sequer sua falta. Mas só me sentia satisfeita. Feliz pelos momentos juntos, não sentia falta, ou aquela vontade de estar lá novamente. Tentei desenvolver um desejo enorme de te abraçar. De me sentir segura lá. O seu abraço que é enorme. Gostoso. Como posso indesejar isso?
Estou anos luz distante. De tudo aquilo que o homem já alcançou. E eu sequer consigo esticar os braços. Perdi o juizo. E com ele você, a perfeição.
Encontrei você, que jogou o meu juizo pra bem longe.

domingo, 11 de novembro de 2007

song about you

ela era resumida em sorrisos, algodão-doce e um mundo de fantasias...
ele, vivia no real
ela, era irreal
ele podia ser o inferno e o céu ao mesmo tempo, sem cansar de nenhum dos dois
ela era viciante
ele, poesia concreta
ela com seu jeito meio desajeitado, cabelo despenteado e seu jeans arregaçado
ele era um déjà-vu
ela, que pra ele, era o melhor soul americano
ele, pra ela, provocava paixão, um inconseqüente de amor
ela acreditava em astrologia
ele nem sabia que isso significava
ela sentia o cheiro dele pela casa, atordoante
ele, uma alegria que lhe fugia de controle
ela era de vênus
ele, de marte
ela lhe dava nostalgia
ele adorava implicar com ela
ela nem se importava quando perdiam a hora
ele, encantado por todos os seus dedos do pé
ela mandava mensagens bobas em terças cinzentas
e isso fazia as simples terças dele, dias incríveis...

há algum tempo descobri que o amor tem nome. e sobrenome. e um jeito de sorrir que é remédio pra qualquer mal.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

meus olhos coloridos/

e ela põe-se a pensar na essência propriamente dita (ou escrita) da felicidade. engraçado (porém irônico), mas as pessoas se acostumam a sofrer. passam anos sofrendo e acreditando sem nenhuma fé que um dia há de melhorar. pessoas que lutam contra o amor, dizendo e contradizendo que ele faz sofrer. mas, se um dos 'tópicos' da felicidade é o amor, como pode ele (coitado) levar a culpa de tudo? orgulho ferido de alguém que não nos quer não é sinônimo de amor. amor não é despedaçado, nem partido. é completo, tem plenitude e só faz bem (muito obrigado). muitos (quase todos) tem mais medo de ser feliz, do que ser infeliz. porque a segurança da felicidade é vista como uma utopia, que nunca será alcançada. é mais fácil o sofrer, o drama, porque todo mundo se ajeita nele (ou ele em você).
faça-se feliz, o único responsável pela sua própria felicidade é você, caro amigo!
retire o preto e branco e ponha o arco-íris no seu mundo!

'perdido em muitos sorrisos, sem nenhuma razão de ser'

domingo, 4 de novembro de 2007

da contramão

Das vagas lembranças que tenho, a única que não sai da minha cabeça é a vontade de te abraçar. Estive um pouco sem graça nos ultimos tempos. Das coisas que eu sinto agora, a única que me intriga é a vontade de te ver. Não sei ao certo o por quê. É só pra eu sentir uma reação. De fato eu preciso te dizer que você realemnte me fascina.E que eu que eu tentei me afastar. Sabe, estive no gramado com um leve sol na minha cabeça, e me lembrei do dia em que você disse sobre como seria estarmos juntos. Ha momentos em que eu tenho que admitir, eu desejo isso. Desejar tem o seu preço. As vezes é não poder, é lutar demais pra isso, é um grande obstaculo. Chama-se desejo. Desejar é muito mais que sonhar. E eu não sei se sonho. E se sonho, se o meu sonho é real. Ou se desejo, e se esse desejo é limitado. E se é possivel. E se não for, o que devo fazer?
Eu sou um poço, intrigante, fascinado, que sonha, que deseja, que não tem um caminho, e conta com suas placas.
Eu sou um carro e preciso da estrada.