domingo, 22 de junho de 2008

cinqüenta e dois

como o 100º post deste blog, e pelo dia que é hoje, lá se vai mais um dos meus textos inspirados no mesmo motivo.
eu poderia falar de outra coisa menos estranha que não você. mas hoje é seu aniversário e meu centésimo post aqui. é claro, que o assunto é você. após tanto tempo eu não sei mais que sentimento é este. eu me acostumei a gostar de você, mas eu confesso que tenho lá minha dúvidas quanto a isso. já passou mas eu não sei se eu quero que passe, sabe? eu não sei a hora de parar e não tô nem um pouco afim de aprender. você me arranco do meu mundo e eu vivi dois anos numa vida inventada, emprestada. eu desaprendi a viver só pra mim. e esquecer você me faz esquecer da minha outra metade sensata. eu não posso viver só na loucura, entende. eu queria aprender a ser mulher pra você, mas eu preciso ser mulher pra mim. e eu tenho ciúmes da outra metade de mim ter sido tua. eu me quero de volta. mas agora eu me tenho e não sei se é isso mesmo que eu quero. é uma puta confusão e eu não sei onde eu me encaixo. eu queria te odiar tanto que meu lado humano não me permite. então eu desejo realmente que você seja feliz. que você encontre alguém menos complexa e mais solúvel. a gente era óleo e água, completamente opostos. não tem lei na química que explique essa nossa química.
to com uma saudadezinha. adianto cada situação grotesca na minha mente, sempre estou preparada emocionalmente pra qualquer coisa. agarro o chinelo e meto a cara no medo. que nada, sou uma retardada mesmo que não tem no que pensar. é, sem eufemismos banais. saudade de gostar de um babaca. daquele babaca. eu explico: quando você gosta de um babaca, você se sente viva. tudo fica mais intenso. você quer matar, mas a la osama bin. amar, só se for pra quase enfartar. chorar até ficar com cara de sapo. era só você sabe. eu era intensamente feita do dia pra você. agora sou eu. eu, eu mesma e sem você. você me cansava demais, me pesava demais, mas nunca me doeu demais. mentira, uma vez só. quando eu descobri que não tinha jeito. mas nem pra discordar de mim você prestava. meu peito desatou todos os nós. tô tentando ver se alguma coisa desperta uma lágrima que valha a pena. que nem aquelas telefonistas cheias de gerúndios pra estender o mínimo de ânimo. é que eu tenho odiado o gerúndio. sei lá. puta doidera isso. loucura vai bem com a essa minha cara de pseudo-intelectual-metida-de-franja. mas eu to tão bem, tão leve que eu sento e espero toda essa vontade passar.
não, eu não quero que todo aquele inferno volte. eu era apaixonada por você. hoje eu apenas te amo e nem sei se isso é amor. amor é menos porra louca e não é tão egoísta quanto eu. é que é impossível não olhar pra trás depois de tanto tempo. mas de uma coisa eu tenho que agradecer: se não fôssemos tão opostos e tortos essas linhas atravessadas não iriam se cruzar. não mesmo!
um beijo a todos, com muita poesia aos próximos cem!
muito obrigada a todos que lêem e comentam aqui.

Um comentário:

Lucas Diemer disse...

Sua prosa tem uma linguagem muito explícita - a sua fluência na escrita me impressiona a cada texto. Acho interessante a maneira como vc expõe as idéias. Parabéns pelo 100. :)