tava passando na rua e vi uma velhinha. toda calma e meio desajeitada, ela tinha uma sacola de alguma coisa de supermercado nas mãos, usava um óculos arredondados, e tinha os cabelos brancos e leves. deveria estar esperando alguma boa alma ajudá-la a atravessar a rua, olhava para os lados, e parecia não se encaixar nesse mundo feito de tanta pressa e pouco amor. e eu fiquei ali, observando ansiosa, como se aquela cena fosse decisiva em um filme, e ela me viu de longe e sorriu. sei lá porque eu senti uma lágrima escorrer, e fiquei encantada com o olhar daquela velhinha que eu nem sei quem é. esperei o farol fechar e vi ela indo embora carregando o fardo de viver na bolsa e uma serenidade que exalava os olhos de quem realmente prestasse atenção nela. e continuei meu caminho pensando de como a vida é simples e clara, e como a gente insiste em sofrer por coisas medíocres.
domingo, 29 de março de 2009
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